1.8.06

chicote azul

bato-te forte nas nalgas
sem remorsos nem pudor
com um chicote de algas
enquanto bebo um licor

a galope no teu peito
sem escoras nem arpão
agarro-te no cabelo
prendo-te a respiração

nessa fúria que resiste
a toda a força animal
ergues os punhos em riste
mas sofres um golpe fatal

quando chega a redenção
um espasmo de prazer e dor
seguras-me pela mão
e suspiras por amor